Sobre a Intenção

Intenção.jpg

Vamos começar definindo o termo Intenção, mas, primeiro, é necessário esclarecer que esta definição está muito mais associada ao significado espiritual-psicológico do que, propriamente, ao significado etimológico da palavra como aparece, por exemplo, no dicionário do Aurélio[1].

 

Feita esta ressalva, mais do que definir, vamos conceituar Intenção como sendo aquilo que qualifica um ato, um pensamento, ou mesmo, uma palavra. É tudo o que motiva, dá “cor”, por assim dizer, a uma atitude. A Intenção pode e deve ser melhor entendida, também, como sendo o Desejo que está por trás dos nossos comportamentos. Este Desejo tanto pode ser reconhecido, percebido, sentido, como não, isto é, pode ser um Desejo inconsciente, mas que nem por isso deixa de trazer consequências bem concretas.

 

É importante destacar ainda, em virtude da proximidade de significado e pelo fato de ser um tema pertencente ao mesmo contexto espiritual-psicológico, que Intenção e Propósito não sãoa mesma coisa, têm significados diferentes, como, aliás, pode ser constatado em outro artigo publicado recentemente aqui.

 

Um excelente exemplo do significado de Intenção pode ser encontrado numa passagem muito conhecida do Novo Testamento, 1Cor, 13:

 

“Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, senão tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.

“E ainda que eu distribua meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”

 

Ou seja, podemos realizar grandes obras, fazer grandes sacrifícios, e até ajudar muitas pessoas, mas com que Intenção fazemos isto? Fazemos por acreditarmos que é certo; fazemos com o real desejo de servir, ajudar, dar o nosso melhor á vida? Ou fazemos para nosso próprio engrandecimento, para sermos admirados, reconhecidos ou obtermos um benefício específico? A grande questão que se coloca aqui não é, naturalmente, definir o que Intenção é ou deixa de ser, mas sim, o de trazer à consciência a importância de termos claro para nós mesmos, honesta e verdadeiramente, qual é a motivação que nos move, qual é o desejo que se posiciona por trás de cada uma das nossas atitudes e comportamentos.

 

O  Guia do Pathwork© à propósito deste tema explica, claramente,  Intenção:

 

“Vocês ignoram a verdade vital de que a imperfeição pode levar à perfeição, e no momento pode até ser a perfeição. Pois a perfeição, no sentido real divino, é relativa e depende mais da atitude da pessoa em relação a si mesma e a seus atos do que de um ato perfeito como tal. Em outras palavras, não se trata do que vocês fazem, e sim de como fazem. O ato que é considerado certo pelo mundo inteiro e de acordo com todas as leis espirituais pode ser desonesto. Vocês podem estar divididos nesse ato e podem praticá-lo por medo, compulsão e, assim, por vontade de receber amor e aprovação. Nesse caso não é o eu real que age, independentemente da perfeição que a ação exterior possa aparentar. Por outro lado, o ato de vocês pode ser condenado pelo mundo. Pode ser contraditório com o produto final acabado da perfeição. Mas no seu estado atual, ele é não apenas inevitável, mas até mesmo necessário. Vocês se mostram como são, de acordo com sua natureza, com sua trajetória interior de crescimento. Se vocês são autênticos quando praticam um ato, e assumem total responsabilidade por ele, estarão prontos para arcar com as consequências. Esse ato imperfeito é mais perfeito, mais de acordo com a sua verdade do que o ato anterior.

 

Decidam-se pelo o que quer seja por estarem convencidos de que é o correto e não por quererem receber uma recompensa, na forma de afeto, amor, aprovação e gratidão ou dívida por parte dos outros, ou por acreditarem que Deus vai recompensá-los por serem bons filhos. Em outras palavras, a atitude de vocês precisa ser de sua própria escolha e praticado por ela mesmo em si e por si só (não importa quem seja o aparente beneficiado imediato), e não porque vocês querem ganhar alguma coisa com ele.  Quando vocês agirem assim, não haverá divisão interior. Isso vai ampliar os seus horizontes e elevar a sua consciência para o patamar de maturidade necessária.”

 

[1] Intenção: 1.ato de tender, intento; 2. Vontade, desejo, pensamento; 3.propósito, plano, deliberação; 4. Conjunto de motivos…

Liderança Autossustentável: Da Codependência à Interdependência

Vivemos um tempo de profundas e rápidas mudanças que impactam principalmente nossos relacionamentos, sejam estes afetivos, sociais ou profissionais.

Estas mudanças têm provocado nas pessoas um sentimento difuso e generalizado de inadequação, confusão, estranhamento, insegurança e falta de propósito e significado para a vida, que só fazem recrudescer a baixa autoestima, o stress e a falta de energia e vitalidade física.
Continue lendo…

Renascimento

*

Ainda, recentemente, fiz uma viagem ao interior da Irlanda e  Inglaterra, aonde tive a oportunidade de visitar antigos locais da cultura Celta e até mesmo, assentamentos de povos do período Neolítico, ou seja, datados entre 3000 a 3500 AC

Cidades como Silbury, Avebury e Glastonbury aonde,  supostamente, teria existido a mítica ilha de Avalon, além  toda região de Cornwall (Cornuália), têm ainda, fortes  vestígios da passagem do povo Celta e, conseqüentemente, de  toda a tradição ligada ao culto da Deusa, aos ritos druídicos  dedicados aos elementos da natureza e também, às lendas  relacionadas ao Ciclo Arthuriano, com todo seu simbologismo  mágico, como é encontrado nos relatos sobre o Santo Graal e  da espada Excalibur; Merlin e Morgana; Lancelot e Mordred,  e, naturalmente, sobre o próprio rei Arthur e sua rainha  Guinevere.

Os próprios ingleses, à despeito do seu apregoado ceticismo, consideram estes lugares como sendo os mais sagrados da Inglaterra, locais aonde as dimensões se tocam e os portais se abrem para que possamos fazer nossas conexões…

Lenda, fantasia, sonho, realidade quem pode garantir? Eu, da minha parte, acredito apenas no que vivo e experimento e que, de alguma forma, é comprovado pelos meus sentimentos. Quando esta combinação ocorre, tenho a experiência do insight, e sei que o que percebo é verdade e, portanto, posso sustentar minha opinião com confiança.

ricardo na pedra=)Pois bem, num destes dias, de olhos fechados, sentado e encostado numa pedra que com outras 18, forma um círculo perfeito ( Tregeseal Stone Circle) e que estão assim dispostas desde tempos imemoriais, escuto com clareza na minha mente: “Renascer é assumir uma nova perspectiva para a vida. É questionar o passado, as formas antigas de pensar, de sentir, de falar, atuar e reagir. É se perguntar: como posso ser diferente aqui? Como posso testar uma forma nova fazer? Há uma perspectiva diferente para entender esta situação? Este relacionamento terá uma chance, se rever minhas crenças, certezas e “verdades”? Como posso reagir de forma a criar união, entendimento e cooperação? Como posso ser mais flexível e fluir com a vida de uma forma mais leve e gentil sem que isto signifique me tornar indiferente, indolente e também sem alterar meus valores essenciais? Como posso permanecer aferrado aos modelos antigos se tudo muda, se modifica e se transforma, permanentemente? Não estou, de fato, defasado e desatualizado?”

Tive uma Mestra que afirmava que “O novo é o novo, e não guarda qualquer relação com o velho!” Após a minha experiência em Tregeseal, sinto que a frase da minha Mestra tem um novo e mais profundo significado para mim.

Renascer é dar uma chance para este Novo, e eu posso fazer isto a cada manhã, a cada dia, a cada momento. Basta permanecer alerta e atento, e antes de reagir automaticamente, dar uma pausa, respirar e fazer uma escolha diferente, nova. O processo é por Tentativa e Erro, até que se torne natural. É assim que me renovo, transformo, renasço e afasto a morte para longe de mim…

Convite para participar de Grupo de Estudos

Nós todos, em alguma extensão e sem exceção, queremos ser aceitos, reconhecidos, amados. Esta necessidade é parte da natureza humana. Entretanto, somos imperfeitos, termos coisas em nós das quais não gostamos e que até nos envergonham, e isto também é parte da natureza humana. Na tentativa de compatibilizarmos estes dois aspectos conflitantes, construímos a nossa Auto Imagem Idealizada, que é como queremos que o mundo nos veja e nos aceite. Infelizmente, o que deveria ser uma solução, na prática se tornou uma fonte de frustrações, dores e infelicidade. Este será o tema do processo grupo que vou iniciar e que se insere na metodologia do Pathwork.

O Pathwork® é um caminho para a auto-transformação pessoal e auto-realização espiritual, direcionado às pessoas que buscam um relacionamento mais verdadeiro consigo próprias e com a vida. Inclui uma compreensão profunda das velhas crenças, condicionamentos e concepções errôneas que dirigem nossas vidas à partir do inconsciente. A proposta incentiva a parar de fingir que somos uma imagem idealizada de nós mesmos ou a pessoa que pensamos que deveríamos ser. Trata-se de um modo prático, honesto e racional de passarmos de onde estamos para onde queremos estar. Está fundamentado no estudo e na vivência do conjunto de 258 palestras sistematizados pela austríaca Eva Pierrakos durante mais de 20 anos de trabalho.

A metodologia compreende uma primeira fase que é uma abordagem psicológica que lida com as confusões, defesas alienantes, emoções negativas e sentimentos bloqueados. Já o segundo estágio, visa ativar a Consciência maior que habita cada alma humana. Em resumo, trata-se de um método psicológico para acessar o Deus Interior por meio do autoconhecimento e da auto-responsabilidade. Para o Pathwork®, espiritualidade é autoconhecimento. (mais informações sobre a metodologia do Pathwork® podem ser obtidas nos seguintes sites: www.pathworksp.com.br  e www.pathwork.org )

Assim sendo, quero convidá-los a participar deste pequeno grupo e para que possam avaliar seu interesse, forneço as seguintes informações básicas :

1. Duração: 4 encontros semanais e sucessivos, com duração de 2 horas cada um;

2. Datas: sempre às 4as feiras, dias: 30 de março e 6, 13 e 27  de abril;

3. Local: Rua Helena, 275, 8º. Andar, conj. 81 – Vila Olímpia.

4. Horário: das 20h às 22h.

5. Facilitador: Ricardo Porto (Helper formado na Metodologia do Pathwork® em 2005)

6. Preço Total: R$ 300,00

Aqueles que quiserem participar do grupo, peço que enviem e-mail confirmando seu interesse para – rporto@phoenixconsultoria.com.br – o quanto antes, para que eu possa fazer a reserva da vaga. Com o grupo fechado, encaminharei mais informações e material para o primeiro encontro.

Segue Texto do Conteúdo da Palestra em PDF